sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Resenha do filme "Samba"

Por Sonia Wright

Vivemos em um momento em que milhares de migrantes na França tentam chegar na Inglaterra. O filme nos mostra a situação daqueles que estão no País e tentam legalizar sua situação, como são tratados pelo governo e o apoio oferecido por instituições da sociedade civil para sua permanência.

Samba, apesar de o nome lembrar nossa música, é um desses migrantes. Na verdade, já é uma segunda geração senegalesa emigrante, pois seu tio mora na França há anos e tem visto de residência. Mas Samba não – ele está a dez anos ilegal no País, fazendo diferentes trabalhos temporários, e tenta de todas as formas obter um visto permanente.

Um desses caminhos é uma ONG. Nela trabalham muitas idosas e algumas jovens voluntárias. Uma delas, ainda sem experiência, é Alice, que está se recuperando de um colapso nervoso. Ela trabalha numa grande empresa, mas, numa reunião, quebrou um celular na cabeça de um subordinado.

Embora a regra da ONG seja a de distanciamento emocional do público, ela não foi seguida entre Alice e Samba, que se tornaram amigos. Samba torna-se amigo de um falso “brasileiro”, na verdade um árabe, com quem divide vários trabalhos.

O filme apresenta músicas de Gilberto Gil e Jorge Benjor.

Para quem é pego sem documentos, o caminho é uma espécie de prisão, local onde se aguarda o momento de ser deportado. Novas amizades são construídas e posteriormente traídas.

É nesse contexto que o filme “Samba” apresenta-nos diversão e reflexão sobre o momento presente. O ator principal e os diretores são do filme “Intocáveis”.

O fime está em exibição no Museu, às 16:25; Ufba 18:50; e Paseo 16:40.

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