Tito Carvalhal
"Alun@s passarão a ser estudantes
E serão gestores de sua formação
A Escola será aberta, pública, gratuita e diversa
E deixará de ser tratada com descaso e incompetência
Quando @s Educadores perderem a paciência!
A Educação não nos roubará o tempo, a consciência e a vida
As aulas serão encontros de trocas e partilha
A Arte fará parte da nossa comida
Quando @s Educadores perderem a paciência!
A Educação será libertária e não mercantil
A formação será leve e brincante
Estudantes e professores andarão de mãos dadas
e construirão conhecimentos na convivência
Quando @s educadores perderem a paciência!
A Educação será plural
deixará de ser esquizofrênica
e estará a serviço da evolução humana
e não da produção, nem dessa escrotidão
As teorias servirão pra nos fazer melhores e não piores
@s Estudantes poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando @s Educadores perderem a paciência!
As salas de aula deixarão de ser caixas
e passarão a ser quintais
Não haverá cadeiras, nem grades,
nem provas, nem notas
Os saberes não terão fronteiras, nem hierarquia A
Comunidade ocupará a Academia
Quando @s educadores perderem a paciência!
Quando @s educadores perderem a paciência
Não teremos reitores, nem 2 sindicatos
Nem CAPES ditando regras
Nem Lattes exigência
Nem títulos, nem doutores em sapiência
Nem vestibulares, ENEM, IDEBs
Nem ideologias perversas
Pura intransigência
A Educação será medida pela quantidade de abraços e coerência
Ninguém será formado pro mercado de trabalho
A mais valia
As crianças bagunceiras serão louvadas e bem vindas
Nada de ritalina, TDAH, dislexia
O corpo será livre e gritará não à TRANSfobia
Sem que @s lun@s sejam discriminados na aparência
A Necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
QUANDO @S EDUCADORES E ESTUDANTES
PERCEBEREM SUA FORÇA E RESISTÊNCIA
Quando @s Educadores perderem a pôrra da paciência
depois de 10 anos sem uso, por pura obsolescência
A Presidenta Freiriana dirá:
Chega de salário indecência!"
(Poesia inspirada na greve 2015 - ativa e transgressora -, e no Poema de Mauro Iasi: Quando os trabalhadores perderem a paciência!)
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