segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Homem decide não abandonar filho com Down e mulher pede divórcio




Mãe rejeitou o pequeno Leo; pai decidiu criá-lo sozinho
(Foto: Reprodução/Facebook Samuel Forrest)

Até que ponto vai o amor de um pai? No caso do neozelandês Samuel Forrest, o amor pelo seu filho acabou lhe custando o casamento. É que o pequeno Leo nasceu na Armênia no dia 21 de janeiro, com síndrome de Down.

As leis do país permitem que os pais escolham entre ficar com a criança ou enviá-la para a adoção. A mulher de Samuel, Ruzan Badalyan, não queria o menino.

Ela deu um ultimato para o companheiro: ou abandonava o bebê ou ela pediria o divórcio. Após o choque inicial, ele escolheu o filho, e não se arrepende da decisão. Quando Leo nasceu, os médicos saíram da sala de parto e não permitiram que o neozelandês visse a criança. Depois, Forrest foi levado até uma sala reservada para conversar com os médicos, e recebeu a notícia.

"Eu fiquei em choque", contou o freelancer em entrevista à ABC News. Mas assim que segurou o filho pela primeira vez, tudo se encaixou perfeitamente. "Olhei para ele e disse: 'Ele é lindo, ele é perfeito e eu com certeza vou ficar com ele'".

Só que a reação da sua mulher foi bem diferente. "A minha mulher já havia decidido, tudo isso foi feito pelas minhas costas", relatou. O pedido de divórcio chegou uma semana após o nascimento de Leo. Samuel confessou que não queria se separar da mulher, mas que também nunca pensou em deixar o filho. "Isso tudo aconteceu do nada. Eu nem tive a chance de conversar com ela a sós sobre isso".

Mãe pediu divórcio, pois não queria ficar com a criança.
"Ele é perfeito", se derrete o pai
(Foto: Reprodução/Twitter)

Como ele trabalha como freelancer, o neozelandês não tem renda fixa. Ele lançou uma campanha no site de financiamento coletivo Go Fund Me, tentando arrecadar dinheiro para voltar para o seu país de origem com o filho. O valor das doações já ultrapassou US$ 180 mil.

"Eu não tenho muito, tenho bem pouco na verdade. A intenção é reunir dinheiro suficiente para viver durante um ano, para que eu consiga um emprego de meio período, Leo não precise ficar em uma creche e eu possa ajudar a cuidar dele. Ele já perdeu muita coisa em duas semanas, tudo seria diferente se ele tivesse a mãe", esclareceu Samuel.


Ele também diz ter muita esperança de que os pais das crianças com necessidades especiais aprendam a lidar melhor com os filhos, e desistir da adoção. "Ser uma criança com síndrome de Down é como um rótulo. Se formos além deste rótulo, veremos que eles são normais. São um pouco diferentes de nós, mas ainda assim normais. Todos eles têm nichos e eu quero descobrir onde Leo é especial. Esse rapazinho é ótimo", se derreteu o papai orgulhoso.

Fonte: iBahia.com

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