A Prefeitura de Salvador inaugurou dia 19 de
novembro de 2014, o Observatório Permanente da Discriminação Racial e Violência
contra LGBT. O mesmo encontr-se localizado no centro da cidade, à Rua Carlos
Gomes, no interior do Clube de Engenharia. Trata-se de mais uma vitória dos
movimentos de combate ao racismo e à homofobia. Neste mesmo dia, o Prefeito ACM
Neto assinou o decreto que equipara os terreiros de Candomblé aos demais
templos religiosos, para fins de de benefícios jurídicos e administrativos.
Segundo o Executivo Municipal, na prática, com esse decreto, as organizações
ligadas aos povos e comunidades de terreiros passam a ter imunidade tributária.
Causa estranheza que um direito assegurado pela Constituição federal de 1998
somente agora tenha sido reconhecido pelo Município de Salvador. Este fato
evidencia que a democracia brasileiro ainda se encontra na fase infantil ou
adolescente, de modo que muito ainda precisa ser feito para que ela alcance a
fase de maturidade. Embora tardia, uma boa iniciativa.
Com este Decreto, além de benefícios tributários, os terreiros terão mais
facilidade para fazer regularização fundiária e se organizar juridicamente como
instituições. São englobados pelo decreto, além dos terreiros, povos e
comunidades como Unzon, Mansu, Centros de Caboclo, Centros de Umbanda,
Kimbanda, Ilê, Ilê Axé, Kwé e Humpame.
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